Jornacitec Botucatu, X JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

Tamanho da fonte: 
UTILIZAÇÃO DE VANT PARA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL NA REGIÃO DE JAHU
Milena Gabriele de Brito Vasconcelos, Vitória Maria Domingues, Marina Carboni, Vicente Marcio Cornago Junior

Última alteração: 2021-12-09

Resumo


O VANT (VANT é a sigla de Veículo Aéreo Não Tripulado refere-se a todo e qualquer equipamento que acesse o espaço aéreo sem que haja a presença de um ser humano a bordo) tem sido um grande aliado sustentável e econômico para sistemas agroflorestais. Segundo Assunção (2021), os Vants são ferramentas de baixo custo e oferecem maior flexibilidade de mobilidade. Através de suas imagens aéreas é possível obter informações e dados precisos para tomada de decisões, seja elas para restaurar alguma área, para plantações, delimitações de áreas terrestres ou aquáticas, proteção da flora e fauna etc. Esse conjunto de tecnologia é usado para gerir tarefas, permitindo qualidade de plantio, e o monitoramento continuo utilizando se de sensoriamento remoto, mapeando as áreas de interesses, com imagens tiradas em tempo real em áreas remotas e em períodos repetidos e curtos (PEREIRA, 2021). Segundo Drones na agricultura (2018), utiliza-se essa tecnologia para um levantamento rápido e preciso das áreas mais estudadas, um dos grandes pontos positivos é que os materiais dos vants tem grande resistência a altas temperaturas fazendo com que tenha uma precisão extremamente qualificada por permitir com que o grande aliado voe baixo. Segundo Giroldo (2021), a adoção de sistemas agroflorestais (SAF) é uma alternativa com potencial de restauração das reservas legais (RL) e áreas degradadas pois permite subsidiar a adequação ambiental e legal das propriedades, uma vez que pressupõe a potencialização da regeneração natural e da sucessão de espécies, promovendo melhorias nas condições do solo devido às interações positivas de seus componentes. Neste sentido, presente trabalho foi conduzido em uma propriedade rural na região de JAHU-SP, em uma área de 0,23 ha disponibilizada pelo produtor, onde foi plantadas as seguintes espécies: limão, banana, aroeira pimenteira, capixingui, mamão, café, milho e abacaxi. Após um ano de plantio e utilizando as imagens aéreas obtidas por um drone DJI Phantom 4 Pro equipado com câmera de 4K e sensor RGB, com voos realizados entre as 11h00 e as 12h00, para evitar efeitos da sombra gerados pela inclinação do sol. As imagens foram coletadas a uma altura de 60 metros através de um plano de voo gerado no software PIX4D. As imagens foram processadas pelo software PIX4D e analisadas pelo software QGIS 3.18 e analisadas pela ferramenta Dzetsaka, onde foi possível classificar e quantificar precisamente classes de padrões presentes nas imagens (QGIS, 2021). A através do mapeamento aéreo foi possível identificar uma cobertura de solo em 62% e algumas espécies apresentaram perdas comparadas ao plantio como: café 9%, milho 0,59%, banana 12%, capixingui 8% e mamão 33%. A utilização de vants para obtenção de imagens aéreas se mostrou viável para acompanhamento de sistemas agroflorestais com a metodologia proposta, auxiliando também na restauração dos danos causados por anos de monocultura e o remanejamento

das técnicas produtivas na plantação.


Texto completo: PDF