As Fake News (Notícias Falsas), surgiram durante as eleições de 2016 dos Estados Unidos em que começou a ser divulgado grande volume de notícias “fabricadas”, com o intuito de influenciar a opinião pública pelo apelo emocional e crenças pessoais ao invés de fatos objetivos (ALLCOTT; GENTZKOW, 2017). Os autores definem fake news como “artigos que são intencionalmente e verbalmente falsos, que podem enganar os leitores”. Segundo Ritchie (2016), uma das maiores fake news foi a que o Papa Francisco apoiaria a candidatura de Donald Trump, o que fez com que a sua propagação ocorresse pelas redes sociais, alcançando grandes massas e influenciando a opinião das pessoas. Ainda nas eleições americanas, minimamente 140 sites propagaram notícias falsas que eram compartilhadas no Facebook. Como a de que Hillary Clinton, candidata à presidência, estaria envolvida em um esquema de tráfico humano infantil, com sede em uma pizzaria de Washington. A história ganhou força quando Kanny West e Michael Flynn compartilharam as notícias, fazendo com que um homem entrasse no estabelecimento com um rifle (WENDLING, 2018). Com o avanço tecnológico, novas técnicas de fake news foram criadas, como a Deep fake que vem de "deep learning" e "fake", que utiliza algoritmo de Inteligência Artificial e uma quantidade maciça de dados para criar e substituir imagens humanas, gerando vídeos onde pessoas fazem e falam algo que nunca aconteceram na realidade (SPENCER, 2019). Como o que o ex-presidente dos EUA Barak Obama ofende o então presidente Donald Trump, vídeo que foi criado pelo diretor vencedor do Oscar, Jordan Peele para demonstrar o poder e perigo das deep fakes (MACK, 2018). Outro exemplo é a utilização pelo youtuber Shamook, que recriou o rosto de Mark Hamill, o Luke Skywalker, na série The Mandalorian, que lhe rendeu um emprego na Lucasfilm (TERRA, 2021). Como visto, os impactos causados pelas fake news podem ir de brincadeiras, sátiras e memes, ou causarem grandes impactos em eleições, ameaçar a integridade física das pessoas e, como aconteceu mais recentemente, atrapalhar toda uma campanha de vacinação contra a COVID-19, como o caso da enfermeira americana Tiffany Dover que desmaiou após tomar a vacina e logo se recuperou, porém, seus vídeos foram divulgados pelo movimento antivacina, dizendo que a mesma teria morrido após tomar a dose (REISS, 2021). Na criação de fake news, são usadas tecnologias como Adobe VoCo, que analisa dados e é capaz de sintetizar vozes, MyHeritage e Reface, capazes de aplicar rostos em pessoas usado somente um celular e as redes sociais como WhatsApp e Facebook para a divulgação em massa. Para combater essas práticas, diversas empresas estão desenvolvendo ferramentas para detectar e denunciar as deep fakes, ou então sites como o do governo brasileiro, que são focados em combater as fake News. Portanto, esse trabalho tem como objetivo analisar e comparar as tecnologias envolvidas na “fabricação” de Fake News e Deep Fake, bem como os efeitos e consequências causados por essas práticas.