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Uma pesquisa feita por Tadeu e Tortella (2022) aponta que 74,5% da população joga algum tipo de jogo eletrônico, sendo ele de computador, console ou plataforma móvel, consolidando uma popularização crescente nos últimos anos. Segundo Silva e Toassi (2020) apesar das atuais desenvolvedoras investirem, cada vez mais, nas traduções de seus produtos, muitas comunidades já têm consolidada essa cultura de comunicação que mescla ambas as línguas. Muitos desses jogos exigem grande cooperação e rápido tempo de resposta dos jogadores, incentivando-os a ficarem atualizados sobre os mais diversos termos e palavras para se comunicarem de forma eficiente. É, também, necessário saber discernir as diferentes descrições de itens e personagens, jogos como Tibia, Overwatch e League of Legends exigem do jogador essa noção mais apurada. Foi constatado, também, que muitos jogadores até mesmo preferem o uso da interface na língua originária, sendo o título traduzido ou não, 36% alegando ainda que o hobby contribuiu muito com a aprendizagem do inglês (SILVA; TOASSI, 2020). Uma outra pesquisa foi realizada com crianças e jovens, por Cruz, Ramos e Albuquerque (2012) para descobrir o que eles achavam da utilização de jogos eletrônicos para aprendizagem. Observando os resultados da pesquisa, muitos declararam que o uso dos jogos os ajudou a desenvolver diversas áreas do conhecimento, entre elas o inglês, mas também é evidente que existe resistência da implementação no ensino, pois há o receio de misturar o aprendizado com o lazer (CRUZ; RAMOS; ALBUQUERQUE, 2012). Apesar do temor, uma experiência conduzida segundo Levay et al. (2015), os jogos podem ser grandes aliados no aprendizado espontâneo das crianças. Segundo esses mesmo autores, ficou demonstrado que a assimilação e pronúncia é adquirida de forma eficiente e tornou o processo de aprendizagem divertido para as crianças, tornando-o muito mais dinâmico. Outro benefício da utilização dos jogos é a imersão que eles são capazes de proporcionar, tornando a experiência muito mais viva e o aprendizado menos artificial, já que o aprendiz se envolve com a história e mecânicas do jogo, tornando o conteúdo muito mais natural e prazeroso de se absorver (LEVAY et al., 2015). Após aplicação de um estudo com um jogo eletrônico durante vários dias, Smolinski (2009) percebeu que o jogo proporcionou um elevado número de horas de prática da língua inglesa, aumentando gradativamente o vocabulário das crianças da pesquisa de uma forma mais lúdica e menos maçante do que uma simples memorização em sala de aula. Por fim, Leão-Junqueira (2016) chegou à conclusão de que existe uma necessidade da integração de conhecimentos entre profissionais especializados na área tecnológica e aqueles especializados na área de ensino de línguas para que os jogos educativos sejam desenvolvidos de maneira interdisciplinar e agregando conhecimentos de ambas as áreas. Assim, foi possível observar que os jogos eletrônicos são ferramentas poderosas e eficientes, que cumpre o seu papel para com o aprendizado de qualidade e prazeroso para a criança, promovendo um grande ganho no desenvolvimento da língua.