Jornacitec Botucatu, XI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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SARS-COV-2 E CÉLULAS GLIAIS: INTERAÇÃO COM AS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS
Higor Hernany Dias, Lucas Alexandre dos Santos, Camila Contin Diniz de Almeida Francia, Luis Alberto Domingo Francia Farje

Última alteração: 2022-09-22

Resumo


O SARS-CoV-2, causador da pandemia de COVID-19 apresenta frequentemente quadros respiratórios de baixa e alta gravidade, apresentando sintomas como tosse, fadiga e febre. Porém, manifestações neurológicas foram frequentemente observadas em pacientes infectados, e englobam desde sintomas mais leves, como tontura, cefaleia, hipogeusia e hiposmia, até quadros mais graves, como encefalite, trombose venosa cerebral e acidente vascular encefálico. Dentre as manifestações neurológicas, as doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer e doença de Parkinson estão sendo considerados como grupos de risco na COVID-19. Portanto, o objetivo do presente trabalho é descrever as possíveis evidências da atual infecção por SARS-CoV-2 com a indução e/ou progressão das doenças neurodegenerativas, com foco no impacto pós ativação das células gliais. As células gliais participam ativamente de processos neuroinflamatórios, que é um processo que ocorre tanto no Alzheimer quanto no Parkinson, e tendo em vista que uma característica comum da COVID-19 é a inflamação sistêmica. Um dos achados na COVID-19 foi microgliose e astrogliose, com alta expressão de mediadores inflamatórios, que estão associados a neurogeneração. As evidências são crescentes entre a relação da infecção por SARS-CoV-2 e a progressão das doenças neurodegenerativas, e a possível disfunção glial na resposta neuroinflamatória observada na COVID-19.


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