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O objetivo deste trabalho é analisar e discutir o papel dos Bachilleratos Populares argentinos na promoção de uma educação alternativa à do sistema de ensino tradicional. Trata-se de uma configuração escolar surgida nas fábricas recuperadas por trabalhadores da Argentina e que ganhou novos formatos a partir das contribuições de agrupamentos de representação social, que também gerenciam unidades escolares em outros espaços além das fábricas. Muitos Bachilleratos Populares contam com reconhecimento, o que os permite conceder títulos de conclusão do ensino secundário aos seus estudantes, além de poderem reivindicar salários para docentes. A realização dessa pesquisa apoiou-se nas metodologias bibliográfica, documental e empírica. Nas pesquisas bibliográfica e documental foi realizada uma descrição das bases teóricas e contexto em que surgem os Bachilleratos Populares, ao passo que na pesquisa empírica foram entrevistados três educadores e coordenadores do Bachillerato Popular Raymundo Gleyzer, situado no Parque Patrícios, bairro da Cidade Autônoma de Buenos Aires. Dos temas que contaram com maior aprofundamento nas análises, destacam-se autogestão, inclusão, educação continuada e desenvolvimento territorial, sendo categorias inerentes aos Bachilleratos Populares em suas atividades internas e em sua função social. Após as verificações, foram feitas observações sobre a importância dos Bachilleratos Populares na discussão do sistema educacional formal argentino.