A rastreabilidade bovina surgiu para atender a demanda mundial por alimentos mais seguros, sendo essencial para o monitoramento individual de animais e contribuindo para uma pecuária mais sustentável. No Brasil, o Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (SISBOV) foi criado para monitorar toda a cadeia produtiva, desde o nascimento até a terminação dos animais, com adesão voluntária. Este trabalho teve como objetivo principal identificar as oportunidades e os desafios inerentes à implementação da rastreabilidade bovina, além de avaliar os benefícios proporcionados aos produtores durante a comercialização da carne e a inserção em novos mercados. A rastreabilidade é especialmente importante para a exportação, atendendo às exigências de mercados, como o europeu, auxiliando pecuaristas na tomada de decisões e na identificação de melhorias na cadeia produtiva, como desempenho, nutrição e sanidade dos animais, contribuindo para a redução de custos. Nota-se que produtos rastreados possuem um diferencial competitivo, tornando-se mais atrativos em mercados exigentes. Entretanto a implementação da rastreabilidade exige considerações de custo e adaptações no manejo, principalmente relacionado a mão-de-obra qualificada, sendo necessários mais estudos para avaliar seu impacto e formas de alcançar pequenos produtores.