Última alteração: 2016-09-27
Resumo
A glândula mamária é uma glândula cutânea modificada, cuja função nas fêmeas é a síntese e secreção de leite. Está presente em todos os mamíferos em número, localização, tamanho e conformação variáveis, segundo as diferenças anatomorfológicas de cada espécie (DYCE et al., 2010).
Quanto ao desenvolvimento mamário, este inicia-se no período pré-natal e persiste ao longo de toda a vida reprodutiva do animal. Ocorre de forma dinâmica e é compreendido por etapas bem definidas, onde acontecem mudanças morfofuncionais que preparam a glândula para a lactação (DAVIDSON; STABENFELDT, 2014).
A compreensão do conhecimento do desenvolvimento da glândula mamária de animais leiteiros é fundamental, pois permite a ampliação do conhecimento de princípios teóricos básicos e consequentemente o bom uso de práticas biotecnológicas. Dessa forma, a ultrassonografia apresenta-se como uma das metodologias importante para avaliar esse tipo de tecido, uma vez que proporciona a visualização em tempo real em escala de cinza além de fornecer imagens bidimensionais. Essa técnica tem sido descrita de forma eficaz em vacas, ovelhas, porcas e até mesmo em cadelas (FASULKOV, I. R. 2012).
Além disso, através do processamento de imagens geradas pela ultrassonografia, pode-se elaborar histogramas em escala de cinza, o qual possibilitam a avaliação quantitativa da ecotextura e ecogenicidade de diversos tecidos, fornecendo informações importantes quanto as características estruturais dos tecidos (VESCOVI et al., 2009).
No entanto, o uso dessa técnica como uma ferramenta complementar para ampliação do conhecimento do desenvolvimento do tecido mamário de animais leiteiros é escasso, porém de grande interesse para a atividade leiteira. Dessa forma, esta revisão tem como objetivo demonstrar os princípios e aplicações do histograma em escala de cinza na avaliação de imagens da glândula mamária de animais leiteiros, bem como identificar relatos atuais da literatura sobre o tema.