RESUMO

A mandioca (Manihot suculenta Crantz) é largamente cultivada no Brasil, segundo maior produtor mundial, principalmente por pequenos produtores, os quais a utilizam para consumo próprio e comercializam o excedente, porém na forma in natura, sem valor agregado e com pouco tempo de comercialização, devido a sua rápida decomposição pós colheita. Teve como objetivo este trabalho identificar os requisitos necessários para a instalação de uma pequena agroindústria para a fabricação de mandioca chips, com uma embalagem diferenciada gerada com seu próprio resíduo, o amido de mandioca. O produto traz também uma inovação em seu processo produtivo, sendo obtido por convecção com ar forçado aquecido, em vez de frito, o que torna o produto mais saudável e ainda atende uma crescente parcela da população que não consome glúten. O produto apresentou boas características sensoriais, em relação à crocância, sabor e aparência. O processo de obtenção de mandioca chips por convecção mostrou-se viável para produção em pequena escala, uma vez que requer poucos equipamentos e pode gerar mais lucro para o pequeno produtor, com o produto de maior valor agregado e maior tempo de conservação, o que permite também maior tempo de comercialização. O uso do resíduo do processo de lavagem (amido) para produção da embalagem reduzirá o excesso de plástico no ambiente e evitará acúmulo de lixo, por ser degradado em pouco tempo. O produto atende às demandas atuais de consumo e sustentabilidade.

Palavras-chave: Inovação. Competitividade. Sustentabilidade. Agroindústria.