Jornacitec Botucatu, VI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PACIENTES COM MICROCEFALIA: PRINCIPAIS VANTAGENS
Ana Carolina Trevisan, Natália Vieira Bugno, Joelza Alexandrina Moraes de Sousa, Renan Gabriel Bianco, Jéssica Leite Fogaça, Michel Campos Vettorato

Última alteração: 2017-10-05

Resumo


A tomografia computadorizada (TC) é um exame de imagem de alta definição que utiliza raios-X e um processamento computadorizado onde são capazes de realizar reconstrução tridimensional dos dados para formação da imagem. Esta modalidade tem fornecido informações mais detalhadas quando comparadas com radiografias convencionais (ROMANS, 2010). No início de 2015 foram detectados os primeiros casos do contágio de Zika no Brasil, na região Nordeste, possivelmente o vírus chegou ao país durante a Copa do Mundo de 2014. No período de um ano, se espalhou para a maior parte das Américas do Sul e Central (SALVADOR; FUJITA, 2016). Esse trabalho objetivou-se em demonstrar a utilização e vantagens da TC no diagnóstico da microcefalia pela literatura. A microcefalia se tornou um problema de saúde pública no Brasil, com o surgimento do Zika vírus, e que o diagnóstico por TC tem sido eficaz na visualização de calcificações, mas não é extremamente eficaz na visualização das deformações dos lobos, necessitando de outra técnica de diagnóstico por imagem para finalizar um laudo conclusivo (SÁ, 2013; ISIDOR et al., 2013; SALVADOR; FUJITA, 2016; WERNER et al., 2016). A TC é uma técnica possível de avaliar as partes do cérebro em que a doença realmente afeta. É comum em crianças com microcefalia aparecer calcificações em várias áreas do encéfalo e deformidades no lobo frontal, parietal e occipital. Para melhor visualização, trata-se de rotina realizar a reconstrução tridimensional dos dados, para facilitar a visualização cranial (EMANUELA; SILVA, 2015; WERNER et al., 2016). O aumento nos casos de microcefalia no Brasil reabriu o debate sobre aborto no país. Não se restringe ao aborto em caso de risco ao bebê de morte determinado por médicos. Mesmo assim, a técnica de TC vem sendo uma aliada neste caso, é eficaz, gera um laudo correto, mas que necessita de estudos mais detalhados para visualização de todas as áreas de má formação que a literatura aponta que uma criança com microcefalia apresenta (LEIBOVITZ et al., 2016; BYASS; WILDER-SMITH, 2016). Conclui-se que a TC proporciona imagens de alta resolução que contribui positivamente com o diagnóstico de crianças com microcefalia, contudo necessita-se de outras técnicas de imagem para complementar a diagnóstico.


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