Vivemos a era de ciclos de crises do capitalismo. No mundo todo diversos países se reestruturam para enfrentarem suas dificuldades e os movimentos sociais apresentam suas críticas e formas de resistência e adequação às novas demandas, além de propostas de superação do sistema. A cooperativa agrícola tem sido uma opção muito interessante e viável para os camponeses. Originalmente propostas por modelos socialistas os assentamentos rurais de reforma agrária têm utilizado esta forma de empreendimento em diversos formatos e projetos. Com os fortes impactos da crise mundial na economia brasileira, a cooperativa vem sendo uma alternativa para a agricultura familiar enfrentar este cenário. O objetivo deste trabalho é apresentar o projeto armazém do campo do Movimento Sem Terra, as potencialidades e contribuições do mesmo aos assentados e à sociedade. Este trabalho utiliza da pesquisa descritiva e bibliográfica, depoimento e estágio de vivencia junto ao armazém do campo. Foram utilizados os seguintes materiais e fontes de dados: produção acadêmica sobre o tema, base dados do MST, base de dados de órgão públicos sobre a Reforma Agrária, INCRA e relatórios e documentos produzidos pelo Armazém do Campo. Conclui que o projeto Armazem do Campo é viável. Com o marketing adequado a população percebeu a qualidade dos produtos, com aproximadamente 700 tipos de produtos orgânicos, assim a demanda foi aumentando. Um dos atrativos foram as hortaliças fresquinhas. Há frutas, café e cachaça orgânicos. A qualidade e o frescor foi o diferencial para o sucesso do Armazém que hoje conta com 15 funcionários diretos. Com um ano de mercado já esta implantada mais uma plataforma comercialização o e-commerce. E desenvolvendo um projeto de franquias para os próximos anos.