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PROLAPSO DA VALVA MITRAL: CONHECENDO SUAS COMPLICAÇÕES E TRATAMENTOS
Última alteração: 2017-10-02
Resumo
A valva mitral é a mais complexa dentre as quatro valvas do coração, sendo a que mais se associa ás doenças. Há três condições nas quais a valva apresenta disfunções: Obstrução (estenose), vazamento (regurgitação) e abaulamento para trás durante a compilação da válvula (prolapso), na qual a terceira condição é a que mais apresenta diagnósticos na população em geral, tornando-se a mais comum (ZOLTAN, 2008). O Prolapso da valva mitral (PVM) é uma condição benigna, apresentando-se nos indivíduos de forma assintomática ou com sintomas clássicos (CAVENAGHI, 2009). Essa patologia pode ser diagnosticada por ruídos vindos do coração (sopro sistólico), que aparecem no meio e no final da sístole ou por meio de um ecodopplercardiograma transtorácico, que é exame mais completo e informativo para PVM (COUTINHO, 2004). O PVM é definido como protrusão de um ou ambos dos folhetos da valva, por “flacidez” de uma ou ambas as válvulas que impede o encontro de suas margens, e com a contração do ventrículo esquerdo ocorre regurgitação de sangue para o átrio esquerdo pelo fechamento incompleto da valva e aumentando o trabalho cardíaco (FRANCA, 2000). Assim, o presente trabalho visa mostrar a sintomatologia, riscos e tratamentos do prolapso da valva mitral (PVM) assim como suas complicações. Foi realizada revisão bibliográfica com artigos científicos encontrados em bases de dados como SciELO, Google Acadêmico, Pubmed e livros do acervo da biblioteca das Faculdades Integradas de Bauru (FIB). O PVM não é uma patologia grave e não interfere diretamente na vida de um individuo. Porém, por se tratar de uma anomalia cardíaca deve haver acompanhamento médico, pois há possibilidade de agravamento ocasionando regurgitação sanguínea para o átrio esquerdo, arritmia cardíaca em repouso, fadiga constante, dores torácicas e em casos mais raros, infecção mitral ou até morte súbita (ZOLTAN, 2008). Outros distúrbios associados com a PVM são a Síndrome de Marfan, alterações psicofísicas como Síndrome do pânico, hipermobilidade, ansiedade, agorafobia e enxaquecas. (OLIVEIRA, 1998). PVM é menos comum em crianças e adolescentes, porém, indivíduos que apresentam casos na família, podem desenvolver o prolapso durante o estirão de crescimento (adolescência), pois há relatos de casos hereditários (BENJAMIN, 2011). Mulheres adultas são as mais afetadas por essa patologia (LISA, 1999). Em sua maioria, o PVM é assintomático ou com sintomas leves e clássicos, entretanto, alguns relatos clínicos mostram uma pequena parcela de indivíduos com complicações que podem levar a uma troca valvar (valva de porco). Atualmente é possível fazer ecocardiógrafia 3D, obtendo resultados precisos sobre geometria, tamanho e anormalidades da valva mitral (MOORE, 2011). Se tratando de esporte, portadores de PVM tem poucas restrições com exceção dos atletas de alto rendimento (nos casos mais graves) (OLIVEIRA, 1998). Em pacientes sintomáticos, usa-se betabloqueadores para o tratamento das arritmias e ansiolíticos para as manifestações psicofísicas. Contudo, há uma falta de estudos específicos para diagnosticar a causa do PVM, e deve-se manter um acompanhamento médico caso haja uma complicação da doença pois mesmo que não atinja diretamente a vida de um indivíduo, pode ser o início para anomalias ou patologias mais graves.
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