Jornacitec Botucatu, VI JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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ASPECTOS ECONÔMICOS E PRODUTIVOS DO CULTIVO DO LÚPULO
Leonardo de Liori Teixeira, Rafael Henrique Novaes, Fábio Ryu Nakasone, Lucas Carvalho Lenz, Valéria Cristina Rodrigues Sarnighausen, Alexandre Dal Pai

Última alteração: 2017-10-31

Resumo


RESUMO:A cerveja é a terceira bebida mais consumida do mundo, suas origens residem em 6000 A.C. Sua fabricação depende da fermentação do amido por leveduras (fungos unicelulares), produzindo o etanol e dióxido de carbono. Os três principais ingredientes dessa bebida são: água, malte e lúpulo.

O mercado cervejeiro no Brasil é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para a China e para os EUA. Nosso país produz por volta de 13 bilhões de litros por ano, que, em 2014, representavam 1,6% do PIB. Em média, cada real investido em cerveja, gera R$ 2,50 para a economia (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CERVEJA, 2014). Já em relação ao lúpulo, o Brasil importa cerca de 4 mil toneladas por ano, totalizando um custo de 200 milhões de reais (ARAÚJO, N., 2016).

O lúpulo (Humulus lupulus) é um dos principais ingredientes na fabricação de cerveja: ao ser aquecido na mistura, ele libera um sabor amargo, característico da bebida. A parte da planta utilizada na cerveja é a florescência, apesar de outras partes da planta poderem ser utilizadas para outros fins. Apesar de sua produção não ser tão comum no Brasil, outros países possuem grandes áreas destinadas a sua produção desde a Idade média, sendo os primeiros campos de cultivo do século VIII, na atual Alemanha.

Este país é o maior produtor até hoje, seguido dos EUA. Juntos, os dois abrangem mais de 70% da produção mundial. No entanto, em relação a produtividade por hectare, esses dois países perdem para a Nova Zelândia, considerada a décima maior produtora de lúpulo no mundo. Enquanto Alemanha e EUA tem uma produtividade de 2,22 e 2,09 ton/ha respectivamente no ano de 2014, a Nova Zelândia, com técnicas inovadoras, alcançou produtividade de 2,51 ton/ha. Tal país é referência no cultivo de lúpulo orgânico, sendo tal fato a possível origem dessa diferença, devido à alta sensibilidade da planta (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF UNITED NATIONS, 2014).

O clima de Botucatu não é o ideal para a produção de lúpulo. Entretanto, com a utilização das técnicas neozelandesas para a adaptação em solo brasileiro, torna-se justificável a implantação dessa cultura na cidade devido à carência nacional desse produto e ao grande mercado cervejeiro no Brasil.

Nesse sentido, o objetivo do trabalho é realizar um levantamento bibliográfico dos aspectos econômicos que impactarão na implantação da cultura do lúpulo no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação brasileira da indústria da cerveja. CervBrasil. 2014. Acesso em: 27 set. 2017. Disponível em: < http://www.cervbrasil.org.br/paginas/index.php?page=dados-do-setor>.

 

Araújo, N. Variedade brasileira de lúpulo é descoberta na Serra da Mantiqueira. Globo Rural, Gonçalves/MG. 2016. Acesso em: 27 set. 2017. Disponível em: < http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2016/05/variedade-brasileira-de-lupulo-e-descoberta-na-serra-da-mantiqueira.html>.

Food and Agriculture Organization of United Nations. FAOSTAT. 2014. Acesso em: 27 set. 2017. Disponível em: < http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>.


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