RESUMO: A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais consumidas no Brasil (MEIRELLES et al., 2017), principalmente pela preocupação dos brasileiros em ter hábitos alimentares mais saudáveis. Visando atender essas demandas, o cultivo hidropônico se destaca com maior produtividade e qualidade nutricional (FURLANI, 1999), sendo a cultura muito exigente em nutrientes. Com isso, há um interesse em estudar a absorção desses nutrientes e ocorrência da maior necessidade pelas plantas, visando seu melhor aproveitamento e menor custo de produção. O trabalho teve como objetivo o preparo, acompanhamento e correção da solução nutritiva utilizada na produção de alface em sistema hidropônico e quantificação dos nutrientes nas plantas. O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido, no Departamento de Ciência Florestal, Solos e Ambiente da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP, em Botucatu-SP. Utilizou-se 25 vasos com capacidade de 1000ml, dispostos em uma bancada de maneira espaçados por 20 cm entre plantas, contendo um sistema de aeração individual por borbulhamento de ar. A preparação da solução nutritiva foi realizada conforme recomendado por Furlani (1999). Diariamente, avaliou-se a condutividade elétrica e pH. Durante o ciclo da cultura realizou-se 4 coletas, de 11, 10, 8 e 5 plantas, respectivamente, para as avaliações de concentrações dos nutrientes. As concentrações dos nutrientes N, P, K, Ca, Mg, B, Cu, Fe, Mn e Zn foram avaliadas semanalmente na solução nutritiva e nas plantas, através de análises químicas quantitativas especificas para cada nutriente e posteriormente calculou-se o acúmulo nas plantas. As concentrações de N, P, K, Ca e Mg no ponto de colheita para a parte aérea das plantas foram: 143,0; 25,3; 244,0; 32,0; 14,9 g Kg^-1, respectivamente. O acúmulo dos macronutrientes pela parte aérea foram 282,0; 49,7; 512,0; 59,4 e 25,5 mg por planta de N, P, K, Ca e Mg, respectivamente. Para os micronutrientes B, Cu, Mn e Zn as concentrações na parte aérea das plantas foram: 136,0; 39,0, 324,0 e 170,0 g kg^-1, respectivamente. E o acúmulo dos nutrientes B, Cu, Mn e Zn foram 252,3; 66,8; 489,7 e 282,0 mg por planta. Todos os nutrientes avaliados apresentaram concentração e acúmulo lento até os 14 dias após transplante, tornando-se mais intenso após este período.