Jornacitec Botucatu, IX JORNACITEC - Jornada Científica e Tecnológica

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UTILIZAÇÃO DO E-COMMERCE EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL
Talita Sganzerla Fortes, Vivian Toledo Gambarato

Última alteração: 2020-10-06

Resumo


No final de 2019 surgiu em Wuhan (China), casos de pneumonia de causa desconhecida, transmitida de pessoa para pessoa, identificado o novo Coronavírus (CHAN et al., 2020). Diante do aumento do contágio visualizado em países da Ásia e Europa, medidas de isolamento foram decretadas para evitar a propagação do vírus pelo país, visando isolamento em ambiente domiciliar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). A quarentena tem como objetivo garantir a manutenção da saúde e foi adotada pelo prazo de até 40 dias, podendo se estender pelo tempo necessário, segundo o Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020 do Governador do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2020). Diante da impossibilidade de comercialização física viu-se um crescimento acima da média em relação a novos consumidores do e-commerce, ou seja, aqueles que realizaram pela primeira vez compra online, surgindo como alternativa eficaz para abastecer a população e evitar a paralisação completa da economia. Turban (2007) cita o e-commerce (comércio eletrônico), como o processo de comprar, vender, transferir ou trocar produtos, serviços ou informações de qualquer tipo, através das redes de comunicações. Impactos desta crise do novo coronavírus já foram registrados pela Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) que comparado ao mesmo período do ano anterior, sendo registrado mais de 180% de aumento em transações nas categorias alimentos e bebidas, beleza e saúde. A alta procura destes itens também foi sentida pelo Mercado Livre, 64% entre os dias 17 e 31 de março (LAVADO, 2020). Análises logísticas para suprir a demanda foram realizadas e a Amazon afirma que realizou ajustes para priorizar o estoque e a entrega de itens prioritários, causando elevação aos prazos de entrega (TIINSIDE, 2020). A Zoom, levantou os produtos mais buscados durante a quarentena e foram destacados produtos eletrônicos, como tablets e smartTvs, aparelhos de ginástica e musculação com um aumento de mais de 1000% (SANTANA, 2020). Com a maior parte das mais de 900 lojas fechadas, a rede de franquias de óculos Chilli Beans apostou em um modelo de venda comissionada no qual vendedores oferecem produtos pelo WhatsApp, facilitando a comunicação e encaminhando fotos. Com a pandemia e as vendas online que representavam 3% do total dobraram, mas o volume não é suficiente para cobrir a queda de faturamento causada pelo fechamento das lojas (INGIZZA, 2020). Este cenário definiu a entrada do e-commerce na vida das pessoas e destacou algumas marcas no mercado como iFood e Uber Eats. O iFood sabe que tem uma responsabilidade grande, mantendo a saúde dos entregadores e restaurante que estão trabalhando e garantindo a entrega das encomendas. Segundo a empresa, o iFood já crescia 100% anualmente nos últimos anos e a porcentagem está ainda maior até este momento para 2020 (FONSECA, 2020). Os empresários ainda não conseguem precisar quanto o crescimento do e-commerce será fortalecido pela mudança de comportamento durante a quarentena. Assim, o objetivo deste trabalho é conceituar e descrever a importância do comércio eletrônico e evidenciar sua utilização em momentos de crise, especificamente, da pandemia vivenciada.



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