O presente trabalho tem como tema principal análise da variação da entoação de voz de um esquizofrênico visando obter conteúdos afetivo emocionais. Entretanto destaca-se que o mesmo compõe uma série de estudos propondo uma constatação e/ou definição de uma constante na tonalidade vocálica na esquizofrenia, destina-se dessa forma a demais estudos aprofundados onde poderia ser verificado um caráter prodrômico de antever um surto esquizofrênico.

A importância do estudo está ligada à possibilidade de correlacionar elementos teóricos clínicos que envolvem a relação linguagem falada e a saúde mental, mas especificamente a esquizofrenia. O presente estudo poderá ser aproveitado por profissionais das áreas de psicologia, psiquiatria, neurologia e demais áreas relacionadas a saúde, entre elas a medicina e suas especialidades: áreas relacionados a linguística e o estudo das comunicações; assim como também destinada para futuras pesquisas aprofundadas sobre os enunciados propostos, sendo transmitida ao público em geral. Neste sentido pretende-se através desta pesquisa realizar uma análise da entonação de voz de esquizofrênico, verificando as mudanças em suas variáveis possibilitando identificar componentes afetivos emocionais como nas pesquisas realizadas por F. Netto Et. Au. (2006: 13) com humanos não portadores de doenças mentais.  O presente trabalho se enquadra dentro da abordagem de investigação quantitativa descritiva, um tipo de pesquisa que visa descobrir e classificar as relações entre as suas variáveis, como também estudar as relações entre causa e efeito do fenômeno utilizando de estatística para mensuração e quantificação. A metodologia empregada para a realização deste trabalho será a análise bibliográfica de estudos dos autores Carl Gustav Jung e Nise da Silveira abordando a teoria analítica, tendo como auxilio demais artigos científicos dos enunciados propostos. Abordar-se-á as pesquisas realizadas por F. Netto, Peres, Martins e Vieira sobre as variáveis linguísticas. O estudo de caso será realizado no hospital psiquiátrico Nise da Silveira no Rio de Janeiro, com a utilização do Sistema ExProsodia criado em 2006 por F. Netto, para a gravação e análise dos dados linguísticos. Os dados obtidos até o presente diante do projeto exposto sugerem concluir a constatação de uma constante mudança na entoação vocálica do esquizofrênico durante os períodos de surto.